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Chove em Petrópolis.

Chove de forma tão passageira

Chove em uma noite de sexta-feira

Águas, assim, que destroem o viver

Chove em Petrópolis até o amanhecer



E se você perguntar

Não saberei dizer

Como deveria achar

As chaves que devia ter


E as portas mais distantes

Não vou conseguir abrir

Minhas memórias mais importantes

A água vai consumir



Chove de forma tão fria

Some de uma vez e volta em seguida

Acaba com o dia enquanto não estia

Preenche as lacunas que atrapalham a vida



E se você perguntar

Não saberei dizer

Como deveria achar

As chaves que devia ter


E as portas mais distantes

Não vou conseguir abrir

Minhas memórias mais importantes

A água vai consumir



E, em um dia, até pensou

Que poderia viver assim

Feliz, ele imaginou

Que não haveria um triste fim


Não haveria

Não haveria

Não haveria

Não haveria



Chove de forma tão passageira

Chove em uma noite de sexta-feira

Águas, assim, que destroem o viver

Chove em Petrópolis até o amanhecer



E se você perguntar

Não saberei dizer

Como deveria achar

As chaves que devia ter


E as portas mais distantes

Não vou conseguir abrir

Minhas memórias mais importantes

A água vai consumir



Chove aqui

Chove aqui

Triste assim

Chove em mim.

K. L. Melo